Neste Outubro Rosa, você já deve ter ouvido falar sobre a importância de incluir na sua rotina o autoexame das mamas. 

Um pequeno caroço no seio, em seu entorno ou na axila, dor em alguma dessas regiões, dor e secreção no mamilo ou texturas diferentes na pele são os sintomas mais comuns de câncer de mama, e podem aparecer a qualquer momento, em qualquer idade.

Mas para que você tenha mais segurança nesse processo e entenda melhor esta doença, preparamos esse artigo completo em prol da campanha Outubro Rosa, já que uma mulher sexy é uma mulher saudável e feliz.

O câncer de mama pode ser detectado durante um momento íntimo

O caso de Marcos Mion e Suzana Gullo é uma história que mostra como a intimidade entre o casal pode ajudar na detecção precoce do câncer de mama.

O que é o câncer de mama?

O câncer é a multiplicação desordenada de células em uma região específica, que faz surgir células anormais (com alterações genéticas) formando um tumor. 

Essa alteração pode surgir na mama da mulher em seis diferentes formas:

Carcinoma ducta in situ: afeta os ductos da mama, ou seja, os canais que conduzem o leite. É o mais comum, onde a membrana que reveste o tumor não se rompe, não espalhando as células cancerígenas para outros tecidos da mama.

Carcinoma ductal invasivo: esse tipo de tumor também afeta os ductos da mama, mas suas células conseguem ultrapassar as barreiras dos ductos e podem se espalhar por todo o corpo por vasos sanguíneos. 

Carcinoma lobular in situ: atinge os lobos mamários e não tem capacidade de atingir outros tecidos e se espalhar. 

Carcinoma lobular invasivo: também se origina nos lobos mamários, mas suas células podem se espalhar pela mama e para outros lugares do corpo também. 

Carcinoma inflamatório: é o tipo de câncer de mama mais raro, porém o mais agressivo. Ele se caracteriza pela inflamação quase ou integral da mama, começando nas glândulas que produzem leite. 

Doença de Paget: esse tipo de tumor acomete a aréola ou os mamilos da mulher. É um tipo raro, que pode ter origem nos ductos nas que se alastra em direção aos mamilos, atingindo a epiderme. 

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O que pode causar a doença?

Os fatores de risco, ou seja, situações que ajudam o desencadeamento ou surgimento do câncer de mama são:

– Histórico familiar: presença de células cancerígenas no DNA da família;

– Idade: mulheres acima de 40 ficaram muito tempo expostas ao hormônio estrógeno;

– Menstruação precoce: mesmo fator da concentração do hormônio estrógeno no corpo;

– Menopausa tardia: mesmo fator em relação ao estrógeno;

– Ausência de gravidez: o não uso do sistema mamário durante a vida pode ocasionar em câncer de mama;

– Reposição hormonal: a reposição para amenizar sintomas da menopausa podem aumentar o risco de câncer de mama;

– Colesterol alto, obesidade e excesso de açúcar: a gordura, de forma geral, é a “matéria prima” para a produção de estrógeno no corpo;

– Consumo de leite animal: além da alta concentração de estrógeno, ainda possui uma série de outros hormônios animais que de encontro com os hormônios femininos podem ocasionar o câncer de mama e outras doenças. 

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Como prevenir o câncer?

É possível prevenir o câncer, ou mesmo prevenir que ele seja descoberto em estágios difíceis de serem tratados. Veja a seguir:

– Se tem casos de câncer de qualquer tipo em sua família, inclua no checkup anual a mamografia;

– A partir dos 40 anos, a mamografia passa a ser obrigatória;

– Inclua também na sua rotina de cuidados com a saúde, consulta e exames com um endocrinologista, para medir o nível de estrógeno do seu corpo e fazer tratamentos necessários;

– Faça o autoexame toda semana ou a cada 15 dias, mesmo que você não se encaixe nos fatores de risco;

– Evite fazer reposição hormonal na menopausa e busque alternativas naturais para amenizar os sintomas; 

– Tenha uma alimentação saudável durante toda a vida, consumindo açúcar e leite animal de maneira muito moderada.

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Como fazer o autoexame?

O autoexame de mama deve ser feito sete dias após o início da menstruação. Caso você seja uma mulher madura e já esteja na menopausa, escolha um dia do mês para fazê-lo sempre.

Existem 3 formas de fazer o exame de mama: em frente ao espelho, em pé ou deitada. Veja o que fazer em cada um deles.

Em frente ao espelho: posicione-se em frente ao espelho e observe os dois seios, primeiramente com os braços caídos. Coloque as mãos na cintura fazendo força. Depois, coloque-as atrás da cabeça e observe o tamanho, posição e forma do mamilo. Pressione levemente o mamilo e veja se há saída de secreção.

Em pé (pode ser durante o banho): levante seu braço esquerdo e apoie-o sobre a cabeça. Com a mão direita esticada, examine a mama esquerda. Divida o seio em faixas e analise devagar cada uma dessas faixas. Use a polpa dos dedos e não as pontas ou unhas. Sinta a mama, fazendo movimentos circulares, de cima para baixo. Repita os movimentos na outra mama.

Deitada: coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a mama direita. Sinta a mama com movimentos circulares, fazendo uma leve pressão. Depois, apalpe a metade externa da mama (é mais consistente) e apalpe as axilas. Inverta o procedimento para a mama esquerda.

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Saiba mais sobre a campanha Outubro Rosa

A Fundação Susan G. Komen for the Cure criou o “Outubro Rosa” em 1990 com o objetivo de amplificar as campanhas de conscientização, fomentar o debate e a disseminação de informações e facilitar o acesso aos serviços de diagnóstico para as mulheres de baixa renda. 

No Brasil, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) participa do movimento oficialmente desde 2010, promovendo produzindo eventos e materiais educativos para distribuição nacional.

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